O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa,
sinalizou nesta quinta-feira (9) que poderá votar pela prisão imediata
de alguns réus do mensalão assim que os chamados embargos de declaração
forem julgados. Durante análise do primeiro recurso do ex-deputado
federal José Tatico (PTB-GO), condenado em 2010 por sonegação fiscal,
Barbosa entendeu que o pedido era meramente "protelatório" e defendeu a
execução imediata da pena, independentemente da finalização formal do
caso.
"Os presentes embargos declaratórios têm intento protelatório. Se
limitam a reproduzir questões já apreciadas no mérito da ação penal.
[...] Determino a imediata execução da pena", afirmou. O mesmo
entendimento será aplicado pelo presidente do Supremo aos condenados do
mensalão. Durante o debate, o ministro chegou a dizer que se o tribunal
não der o cumprimento imediato à pena, isso poderia "jamais acontecer".
No final do ano passado, Barbosa negou pedido de prisão imediata no caso
do mensalão feito pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
ao entender que, apesar de raros, os recursos podem modificar a decisão
do Supremo. Hoje, porém, ele argumentou que, não havendo possibilidade
de mudança, a prisão pode sim acontecer. (Folha Poder)
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