Bruno Lupion e Ricardo Chapola, de O Estado de S. Paulo
SÃO PAULO - O PSC
quer indicar o deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para
presidir a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados. Em 2011, Feliciano foi protagonista de uma polêmica ao
escrever, em sua página no Twitter, que o amor entre pessoas do mesmo
sexo levava "ao ódio, ao crime e à rejeição" e que os descendentes de africanos seriam "amaldiçoados".

Ele avalia que a
comissão hoje se tornou um espaço de defesa de "privilégios" de gays,
lésbicas, bissexuais e transexuais e defendeu "maior equilíbrio". "Se
tem alguém que entende o que é direito das minorias e que já sofreu na
pele o preconceito e a perseguição é o PSC, o cristianismo foi a
religião que mais sofreu até hoje na Terra".
A possibilidade de
Feliciano assumir a presidência da comissão gerou revolta entre
parlamentares. O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-SP) afirmou ser
"assustador" que o pastor assuma o órgão. "Ele é confessadamente
homofóbico e fez declarações racistas sobre os africanos", afirmou.
Para a deputada
federal Erika Kokay (PT-DF), ex-vice-presidente da Comissão de Direitos
Humanos e Minorias, a escolha do pastor marca uma fase "obscura" do
colegiado, pois a postura de Feliciano atentaria contra os princípios
básicos dos direitos humanos. "Corremos o risco de mergulharmos no
obscurantismo e negarmos a história da comissão. (O nome de Feliciano)
não nos tem dado segurança. Posturas homofóbicas e racistas atentam
contra os princípios básicos dos direitos humanos", disse.
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